sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Elegância... Educação enferruja por falta de uso !


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso , esteja cada vez mais rara: a elegãncia do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escultam. E quando falam, não ficam a julgar sentindo - se o "dono da verdade".
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Em pessoas que sabem que os mais velhos, muitas vezes, são rabujentos e mesmo assim o tratam com a deferência que merecem.
Elegante é quem demonstra interesse em assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete...
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidadriedade.
É elegante o silêncio diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegãncia do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza: atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém? É muito elegante.
Dar lugar para alguém sentar? É muito elegante.
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado a alma.
Oferecer ajuda? Muito elegante.
Olhar nos olhos ao conversar? Essencialmente elegante.
Pode - se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independente de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado "brucutu", que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la ?
Educação enferruja por falta de uso. E detalhe: não é frescura !!!
Toulouse Lautrec.

Sobre Cynthia Lobato


Até concurso de Halloween .... a "ordinária" ganha , isso em Orlando !!! Imagina o que ela fazia aqui no Brasil .... do Oiapoque ao Xuí !!

Mais Amigos !!



Como já informei em outras postagens, tenho orgulho dos meus amigos , essa é mais uma guerreira, Cynthia Lobato - por onde ela passa sempre é notada e se destaca , faz tudo com enorme empenho e dedicação, aí o reconhecimento é o esperado !! Parabéns!!!
Fico feliz por ti !!!

Funeral Blues


Pare os relógios, cale o telefone
Evite o latido do cão com um osso
Emudeça o piano e que o tambor surdo anuncie
a vinda do caixão, seguido pelo cortejo.
Que os aviões voem em círculos, gemendo
e que escrevam no céu o anúncio: ele morreu.
Ponham laços pretos nos pescoços brancos das pombas de rua
e que guardas de trânsito usem finas luvas de breu.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste
Meus dias úteis, meus finais - de - semana,
meu meio - dia, meia - noite, minha fala e meu canto.
Eu pensava que o amor era eterno; estava errado
as estrelas não são mais necessárias; apague-as uma por uma
Guarde a lua, desmonte o sol
Despeje o mar e livre-se da floresta
pois nada mais poderá ser bom como antes era.
W.H. AUDEN
Poema destacado no filme "Quatro casamentos e um funeral" - 1994 .Achei o funeral o melhor do filme e a dor sentida pelo ator ao ler o poema comove qualquer platéia .
Talvez os "filmes da nossa vida" às vezes sejam só pequenos momentos que vemos na tela e que , de uma forma sutil, nos remetem passagem vividas e sentidas por nós ; e que identificamos com a fala, a postura, a gravura ou o gesto e a expressão do olhar na tela .
W. H. Auden, (1907 - 1973) Poeta e critico inglês. Foi a grande voz de intelectuais de esquerda dos anos 1930, demasiadamente politico, radical. Incomodava pela frequência com que lançava mão em seus poemas, de espiões, bordéis e impulsos reprimidos - sua homossexualidade estava por trás de várias referências pessoais, aparecendo insistentemente em suas poesias.

Eu levo o seu coração Comigo


Eu levo seu coração comigo (eu o levo no meu coração) eu nunca estou sem ele ( a qualquer lugar que eu vá, meu bem, e o que quer que seja feito por mim somente é o que você faria, minha querida)
Tenho medo
que a minha sina (pois você é a minha sina, minha doçura) eu não quero nenhum mundo (pois bonita você é meu mundo, minha verdade)
e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar
Aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes
eu levo o seu coração (eu o levo no meu coração)
e.e. Cummings
E.E. cummingns, poeta norte-americano, nasceu em 1894 e morreu em 1962. Conquistou ainda em vida, um lugar permanente entre os maiores poetas de nosso tempo. Ainda se comenta muito das suas inovações em tipografia e pontuação, que foram, por alguns, mal entendidas como mero "efeitos", mas o leitor cuidadoso verá que elas são um aspecto de sua busca pela expressão mais pura e clara de seus pensamentos e sentimentos. Uma maneira de renovação da linguagem que só os grandes poetas conseguem. Cummings era único dentre os poetas de seu tempo, pois era igualmente extraordinário na sátira e no sentimento e lutava vigorosamente contra a pomposidade e a pretensão. É considerado um dos poetas que escreveu os mais emotivos poemas de amor de todos os tempos . O poema acima foi lido numa das cenas finais do filme "in her shoes", de Tony Scott, pela personagem interpretada por Cameron Diaz. Aqui no Brasil o filme foi lançado com o nome "Em seu lugar"